quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

affffffffffff!!!

... é, quero muito que 2009 começe bem diferente do que esse fim de 2008. Vale contar que o Digo não passou no mestrado, não conseguiu captar seu projeto de documentário que a Rouanet aprovou, perdeu (mas há possibilidade de recuperar) uma super máquina fotográfica e uma filmadora de última geração (e isso é uma grande história que depois possa contar, afffff!!!), acabei de bater a moto da minha sócia num audi de um playboy, sem contar os três meses de chuva que aterrorizou Santa Catarina... perdão pelo baixo astral, vocês sabem que sou uma pessoa extremamente positiva e é por isso mesmo que estou à espera de um 2009 ESPETACULAR!!!
Não dizem que depois da tempestade vem a bonança? estou à espera. Ah! só pra acalmar a todos, não me machuquei neste acidente de moto, foi um filho da puta de um papai noel que estava num carro aberto passando pelo Rio Tavares que tirou a minha atenção, quando vi, a bunda daquele audi era do tamanho de um caminhão praticamente, fui ligeira e desviei, mas ainda assim bati naquele carro "fofo"... pois então, agora bem mais tranquila, posso dizer que realmente vale manter a mente tranquila e o sorrisso aberto, pois só assim passamos por estas situações, onde as coisas não estão tão certas como gostaríamos, sem deixar muitas sequelas!!!
QUE VENHA 2009, estarei a todo vapor com a Serena, a minha adorada bicicleta que além de me tirar do trânsito, me dá uma sensação de liberdade e de autonomia sobre o tempo, e isso me é muito valioso.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sampa!!!



Cidade em que tudo está em movimento constante, nada pára... a não ser o trânsito. SOCORRO!!!!!!!!!! quase tive um troço em ver tanta gente num mesmo espaço, simplesmente esperando que o cara da frente consiga IR... me senti uma "bedéu" de mim mesma.

Aquele trânsito incalculável, aquele tempo perdido para o nada, tudo isso me pareceu um auto-flagelo coletivo, onde ninguém sorri, todos estão fechados em seus carros, somente com a esperança de chegar ao destino.

Quando você olha para o lado, além dos rostos cinzas, você vê os imensos prédios de mega negociações, que mais parecem nos engolir como se estivéssemos numa arena de gladiadores, onde basta você dar uma buzinadinha que alguém carinhosamente lhe mostra todo o seu vocabulário de largo escalão, ou ainda, começa uma sinfonia de buzinas. O melhor que você tem a fazer é esperar, esperar, esperar, uma hora o troço vai!!!

Êta cidade louca!!! Com tantas coisas bacanas pra fazer, cultura rolando pra todo lado e você ficar preso no asfalto entre os carros é surreal, é desesperador... me acostumei a planejar as coisas e realizá-las e não perdê-las por motivos de um cotidiano avassalador e quase que incorrigível.

Enfim, desejo sorte para os que ficam, hoje volto a minha cidade onde a cultura ainda está em segundo plano, porém lá consigo ter autonomia sobre o meu tempo.

Ufa!!! é isso!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

site da Pimenta Brasil




Depois de muito esperar, o site da Pimenta finalmente está no ar.
Na verdade ainda falta alguns ajustes no blog e no vídeo/manking off do dia que fissemos as fotos.
Visitem e repassem para os amigos ok?

www.pimentabr.com

um grande beijo

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ouroboro em Brasília 2

Ouroboro, obra aberta

Maurício Antonângelo, diretor de Ouroboro, no Festival de BrasíliaFoto: Cine Luz
Cine Luz

Há muitas perguntas que não podem ser respondidas sobre o curta-metagem “Ouroboro”, de Maurício Antonângelo, exibido na tarde de quinta-feira no Teatro Nacional Claudio Santoro, durante o 41º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Mas há algumas conclusões possíveis, mesmo para quem não gosta do tema sexual. O filme tem uma narrativa densa, consistente, com planos elaborados com cuidado e uma luz equilibrada e em tom de mistério.

“Ouroboro” é o único catarinense na mostra competitiva e quando é exibido causa desconforto na platéia. “Eu sempre acho que vou apanhar do público ao final da sessão”, diz Antonângelo. A temática é complexa, e trata de uma relação sadomasoquista entre mãe e filho, cujo grau de parentesco só é percebido nos últimos minutos da projeção. Mas o que sempre ocorre é o aplauso, mesmo diante do crítico público do Festival de Brasília.

No debate ao final da sessão de quinta-feira, os expectadores queriam saber de Antonângelo quem é o pai da criança: do filho ou o marido, já que a mulher aparece grávida no final do filme. “Esta é uma pergunta que eu não posso responder”, reflete Antonângelo.

O diretor diz que fez uma obra aberta e prefere ouvir as impressões do público sobre o curta do que falar das suas escolhas narrativas. É possível até mesmo que os personagens não sejam mãe e filho, mas sim um casal vivendo uma fantasia sexual. O filme foi produzido na Unisul em 2007, durante a conclusão do curso de cinema de Antonângelo e com o apoio da Plural Filmes. A fotografia é de Bernardo Garcia.

Em cena, há somente o casal, interpretado pela atriz Luciana Holanda e pelo estreante Renato Grecchi, de 15 anos, que passou no teste de elenco e queria muito fazer o curta. Mas como a temática de “Ouroboro” é adulta, Antonângelo precisou de uma boa e longa conversa com os pais de Grecchi para rodar o filme com o jovem ator.

(A mesma matéria foi publicada no Variedades do DC de hoje, mas por falta de espaço a versão impressa está com alguns cortes. Aqui vai o texto na íntegra)
Postado por Fifo Lima, em Brasília, às 11h27

PURA DIVERSÃO




FOI EXATAMENTE PURA DIVERSÃO FAZER O FILME DO WILL!!!!

FLORES E CIGARROS



As primeiras fotos do filme de William Martins "Flores e Cigarros".

sábado, 22 de novembro de 2008

Ouroboro em Brasília


Ouroboro é o catarinense no Festival de Brasília
por Jéferson Lima


O único catarinense selecionado para o 41º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é Ouroboro, o filme corajoso de Maurício Antonângelo. Produzido em 16mm na Unisul, o curta aborda uma relação sadomasoquista entre um homem e uma mulher. Mãe e filho? É possível que sim. O fato é que nem todo mundo digere muito bem a narrativa de Antonângelo, um diretor que ainda vai dar muito que falar.

Na mostra competitiva de longas-metragens em 35mm há representantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Ceará. Os selecionados foram divulgados hoje. São seis filmes de longa-metragem; 12 curtas em 35mm; e 34 em 16mm. O festival recebeu um total de 238 inscrições: 28 longas, 129 curtas em 35mm e 81 filmes em 16mm.

Na cerimônia de abertura do festival, em 18 de novembro, será exibido o longa-metragem São Bernardo (1972), de Leon Hirszman, com cópia restaurada. O encerramento ocorre dia 25, com a exibição do filme Lance Maior (1968), do catarinense Sylvio Back, mais cerimônia de premiação.
(http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

OH! MESTRADO!!!

Nesses dias estou completamente confusa, fazer ou não fazer, eis a questão!!!
Me formei no final de 2005 e em 2006 decidi que iria fazer o mestrado, sentei o bumbum na cadeira e comecei a escrever o projeto, eu teria que me mudar para São Paulo por algum tempo, mas isso não seria o maior problema, nasci lá e teria onde ficar tranquilamente. Nesse mesmo ano muitas coisas importantes aconteceram e acabei deixando o projeto para 2007. Durante toda a minha graduação a minha pequena empresa a "Pimenta Brasil" vou caminhando devagarinho, um passo após o outro e acabamos por inaugurar nossa loja na Praia Mole e aí em 2007 a pergunta: será que quero mesmo fazer pesquisa, seguir carreira acadêmica? blá blá blá, ok em 2008 faço o mestrado. Agora, aos pés de 2009 me bate essa vontade mas como é difícil decidir... algumas pessoas me diziam: melhorar não parar Lu, porque depois é difícil voltar, outros diziam: dar um tempo depois da graduação é a melhor coisa. Será? Sei não, tá difícil.
Ahh!!! totalmente confusa...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

DEMAIS!!!!

Foi realmente DEMAIS as gravações de "Flores e Cigarros", divertimento total e muita competência de toda a equipe.
Foi um set muito tranquilo e gostaria muito de agradecer a toda a equipe, em especial ao Will que apostou no meu trabalho, me lançando o desafio de fazer uma comédia, espero ter respondido à altura.

Valeu galera!!!! DEMAISSSSSSSSSS.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

FLORES E CIGARROS

Hoje os Supermercados Santa Maria receberá um equipe bacanuda!!
Serão duas madrugadas em que alguns "maus elementos" deixaram sua marca para a posterioridade. Acontecerá um assalto!!
Falo do vídeo de William Martins FLORES E CIGARROS!!!
Entre eles estará dois bons elementos, digamos normais, Fátima e Seu Benê.
E eu, com muita honra e alegria, defenderei as pessoas celíacas, nem que para isso,
eu tenha que descer do salto e FIGHT!!!

Em breve FLORES E CIGARROS.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Frederico, o retorno...

... o que é o vazio da mulher contemporânea?
Não que seja sempre assim, mas quando há o vazio, como revertê-lo?

[*perguntas norteadoras]

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Passagens*

... e as palavras trocam carícias omissas, quase que explodem de grandes e se transformam em saliva. Isso adoece; dói.


E da erosão surge o grito, vontade de gritar no pé do ouvido.


Doença na cabeça de tanto viver coração.


É assim mesmo, maior do que eu, maior do que nós. Cabe na pupila; atravessa o silêncio rasgando os pensamentos, mas foi pra dentro da pupila dos meus segredos.


Está no silencioso, mas a luz não acende... e eu aqui de branco... Preciso ouvir a história de alguém ou a sua história ou simplesmente: qual é a história que você devia estar lembrando que já havia me contado? E o silencioso não acendeu...


CARA OU COROA? E EU NO MEU,..., DE UM FLIPERAMA!!!


* passagens escritas em momentos muito distintos e que agora, sei lá eu porquê, estão juntas aqui...




domingo, 26 de outubro de 2008

outros momentos

Em outros momentos...

bonequinhas?

divas?

um clã?

todas as alternativas acima.

dadedadedade2

"a".
Parece tão simples, mas por tantas vezes foi tão complicado estar ali.
Bastou ficarmos uns meses sem, que tá todo mundo se coçando pra fazer tudo de novo.
Coisa boa de fazer, coisa boa de construir. Montar e desmontar cenário é praticamente um divã do grupo (hehehe).
Salve salve simpatia... não há quem, de opinião confessa, que não se envolva com aquelas bonequinhas, que por vezes são as gatinhas do chuck outras as barbies do sonhos ou ainda as fofoletes e emílias [e no meu caso especificamente: a olívia palito]...
Na verdade se trata da autonomia da mulher, veja só até onde nos embebedamos de Franca Rame e Dário Fo: mulheres com seus dilemas, seus parceiros, seu sexo, medos, anseios e tudo mais que todas sabem.
E pra não dizer que são idéias já muito ditas e vistas, "a" apresenta o risco da atriz em cena, com seu imaginário parceiro que todo o público consegue VER, ele praticamente se materializa...
(Desculpem-me a auto-confiança, mas ouvi tanto isso já que introduzi).
Num cenário que busca o visceral, as luzes e os figurinos mesclam nosso olhar e diante de todos estão elas, as bonequinhas e suas histórias que estamos loucas para recontar.

... também sinto essa saudadedadedade.


sábado, 25 de outubro de 2008

para um jabuti cascudo...

"Quando achar, respire, olhe para o céu e diga:
_ Eu sou Deus!!
E então saiba que estarei em você,
eternamente na sua reflexão,
com lembranças de como é bom estar comigo,
ser eu-você em sua parte.
Aqui, na minha parte, terei sempre o Deus-Você em mim,
com a lembrança de como é bom estar com você, ser você.
Sua alma generosa, bela, que procura a ética dos que pensam
[e assim deve ser qualquer e todo Deus]
me apresenta toda a fragilidade dos meus pensamentos caretas.
Obrigada por me fazer crescer, me mostrar o caminho do Deus-Eu.
Eu sou Deus, sua deusa, sua parcela.
Te amo com tranquilidade"


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

INDICAÇÕES

Mais uma vez na minha carreira, alguém indica meu trabalho com boas referências. Alguém que simplesmente fica feliz por saber que pode me ajudar, ou talvez, que deva me ajudar. Imagina!!! Não deve nada, isso é pura generosidade, felicidades de pessoas afins. Admiração mútua.
Sabemos que no nosso meio, muitos esperam ganhar um lugar ao sol sem que outros possam brilhar também e ficam fechados em si, olhando para seus umbigos e nem lembram de passar protetor solar.
Meu brilho que brilha nos olhos dos afins, dos generosos, daqueles que torcem junto, alimenta ainda mais a minha vontade de fazer o melhor que eu posso.

Engraçado porque as oportunidades acabam surgindo pra mim em forma de convites, de indicações e acabo sempre fazendo coisas bacanas, com pessoas bacanas e graças à generosidade de poucos.
Hoje preciso agradecer imensamente a querida criatura Raquel Stupp, que mais uma vez, com a voz transbordando de alegria me "amadrinha" numa nova oportunidade que agarrei como leoa e cheia de protetor solar.
Valeu Quel, pela sinceridade e pela verdadeira amizade que não quer nada em troca, a não ser o simples fato de brilhar junto.
Um grande beijo querida.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sou do coletivo

... sim, bastou sentarmos em três que as idéias brotaram como chuchu hehehe!!!
Saiu o roteiro para o próximo filme do Projeto Ciclopoiesis e do Zorrabizarra, o nome ainda está em gestação, mas todos concordaram com a minha ideia da trilogia, no qual manteremos como tema transversal a mobilidade urbana.
Nesse roteiro percebemos, a priori, que teremos um pouco mais de dificuldades, pois teremos que trabalhar luz e audio de forma menos caótica, sem contar que teremos mais locações e isso exige maior produção, será um desafio maior e isso dá uma vontade maior, pra quem me conhece, adoro um risco!!!
aguardem logo estará no ar.

sábado, 11 de outubro de 2008

PQP!!! só chove!!!


Mais um sábado de uma chuvinha fininha, constantizinha, geladinha, putinha!!
Perdão, mais esse é o nono fim de semana consecutivo sem sol, sou movida a SOL!!
Fora o fato de eu vender biquinis né, todo mundo esperando o solzinho, queridinho, quentinho.
E eu sei que ele está ali, atrás daquelas nuvenzinhas, branquinhas ou cinzinhas, que parecem fofinhas... aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh.
chega de chuva!!!!!!!!!!!!
até.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

como continuar?

Agora é essa a pergunta: como fazer outro filme? como atingir algo tão significante como aquele? Claro que sabemos que tecnicamente ele deixou a desejar, porém, como já havia dito, isso não era nosso objetivo, claro que colocaremos na internet a versão mais bacana possível (digo referente à imagem), mas estamos muito felizes com o resultado, tomamos a picada do cinema e queremos fazer outro... porém, agora já queremos nos superar. É assim que começa a auto-crítica e o possível distanciamento gradual da espontaneidade, tudo que não queremos... pensamos em fazer uma trilogia sobre mobilidade urbana, parece ser bem interessante, isso nos move consideravelmente.
É isso, quem sabe vem mais por ai.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Foi num impulso!!

De repente em um sábado chuvoso decidimos fazer um filme, foi num impulso e com toda a espontaneidade de quem tem uma vontade enorme de contar uma história interessante, somada a uma pesquisa que vem se desenrolando à alguns anos sobre mobilidade urbana. Foi assim que nos vimos de frente com aquela bicicleta... pois é, o filme conta a história de uma bicicleta abandonada no CDS da UFSC, buscamos descobrir seu dono e a razão do abandono, acabamos por coletar diversas histórias interessantes e outras bem bizarras que trouxe um tom leve e cômico para esse nosso filme.
Não tínhamos nenhuma pretensão de fazer um super filme, ou um filme tecnicamente "correto", apenas queríamos contar essa história como um exercício (tentativa/erro) de quem gosta muita da idéia de brincar de "cineasta", porém após a edição das imagens, nos deparamos diante de um trabalho com um conteúdo que transbordou nossas expectativas pela sua simplicidade e sua espontaneidade.
Convido todos para assistir "porquequechavearamelalí?" de Felipe Queriquelli, Letícia Colossi, Luciana Holanda e Rodrigo Ferrari, no link: http://www.cicloviagem.org/ciclo2009/video_ufsc.html

terça-feira, 2 de setembro de 2008

#WZCK#

Com o tempo
marca o marcado.
E o tempo marca.
Quando tira a pele
descobre o suor.
Pele à procura do olhar,
belo e vago.
Algo dói ali
e encontra sorrissos que doem.
Mas o tempo marca,
transfere da pele para o ar
e sufoca de beleza,
transparece a descoberta
do suor da pele
já fria ao chegar
no fim da queda.

Um poema meu baseado na partitura corporal de Cleístenes Grott em processo de montagem de #WZCK# do Teatro em Trâmite (Woyzeck de George Büchner)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

UMA OPINIÃO DE PESO!!!!

O ATOR
Por mais que as cuentras e inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem duro ou cínico o suficiente para ele permanecer indiferente às desgraças ou alegrias coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na sua vida.
Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer de forma a atingí-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade e por aí despertá-lo, tirá-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição e que por desencanto ou medo se sujeita, e inquietá-lo  e comovê-lo para as lutas comuns de libertação.
Os atores tem esse dom. Eles tem o talento de atingir as pessoas nos pontos onde não existe defesa.
Os atores, eles, e não os diretores e autores, tem esse dom. Por isso o artista de teatro é o ator. O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor do teatro é bom na medida em que se escreve peças que dão margens a grandes interpretações dos atores. Mas o ator tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade, vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios.
É preciso que o ator tenha muita coragem, muita humildade e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor das personalidades de suas personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instinto e sensibilidade padronizados, como os hipócritas em seus códigos de ética pretendem.
Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de euforia ou depressão. Amo o ato no desespero de sua insegurança, quando ele como que viajando solitário sem a bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma, sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano, reprimido, violentado.
Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a platéia os alcijões de alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e caminhe no rumo de um mundo melhor que tem que ser construído pela harmonia e pelo amor.
Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter não é o dinheiro, mas são os aplausos - é a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos. Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza.
Amo os atores e por eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica.

PLÍNIO MARCOS

domingo, 24 de agosto de 2008

"INTO THE WILD"

Outro lindo filme..., risos, lágrimas e muita reflexão.
Uma paulada em nossas convenções.

Realmente
" a felicidade só é real quando compartilhada"


AME.

sábado, 23 de agosto de 2008

FATIA DIVINA

Primeiro disse:_ sem sofrer.
e molhou o corpo na água fria;
com olhos transparentes percorreru meu estado de timidez.
(e eu dizia que não sofria disso).

Então tá, veremos juntos a
"Arquitetura da Destruição".

Estamos em outro lugar:
a pele encosta na minha e parece recontar anos.

Ainda em outro lugar :
_ sabe quando as pessoas duplicam ao invés de dividir?

E meu olhar penetra com interesse pela dúvida.
_ Intento a morte, não consigo penetrar o olhar
sem ver o lado ruim do ser humano.

Ouvi. E eu na minha insignificância: blá, blá, blá.

_ Já leu?
_ Não li.

Depois disse: _... nunca que aquele doutor saberia do que
eu estou falando, não é loucura, é somente um estado.

E essa foi a fatia divina do mistério
que mantêm vivo o desejo.




terça-feira, 12 de agosto de 2008

Vale a pena ver!!!

Essa semana tive a oportunidade de ver o filme Zeitgeist, esclarecedor!!!
Na verdade nada do que a gente já não soubesse ou desconfiasse, porém,
imagem e discurso te prendem ao filme... um roteiro interessantíssimo.
Vale a pena ver e repassar.
Deixo o link http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024.
Bom filme e boa reflexão.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Combustíveis!!!

Amigos da minha arte. Combustíveis da minha necessidade de palco. Companhia boa.
Entre discussões sobre ser ator, sobre estéticas de espetáculos, sobre cinema e tv, sobre como produzir e ganhar dindin, existem aquelas conversas sobre estar apaixonado, sobre o medo de encarar um amor, sobre triangulações confusas e dolorosas, sobre família, enfim, com algumas criaturas que fazem parte das minhas projeções de arte e vida, vou abastecendo meus desejos mais bacanas sobre ser atriz e fazer teatro, cinema ou tv. Hoje, agradeço a CLEI E MANO, obrigada meus amores.


domingo, 20 de julho de 2008

estado sútil

A impernanência dos estados emocionais já não me surpreendem mais, sei bem como é.
Nessas últimas semanas, me vi entre a dor de uma possível perda, a revolta de perceber a ausência da pessoas e a busca de manter o controle sobre minhas emoções, porque caso realmente algo ruim acontecesse eu deveria estar ali, firme e forte. Afinal, essa é a imagem primeira que vêem em Luciana Holanda. Mas transitar por essas emoções, acabou que novamente apresentou um estado muito sútil de mim mesma... sou várias, sou uma, sou o que sou .

segunda-feira, 7 de julho de 2008

FOI BEM BOM!!!!!!

Estívemos em PoA com o espetáculo "a" e foi bem bom!!!! Passamos pela estrada das bruxas e incrivelmente só havia nosso carro em uma visibilidade de 10m no máximo: TENSÃO!!! Já em PoA conhecemos nosso hospedeiro, que logo nos recebeu com um banquete às 05 da matina, papo vai, papo vem, sono profundo, CANSAÇO!!! Entramos no teatro Cia das Artes, e vejam só, descobrimos que o público gaúcho é bem difícil... familiares presentes, meu muito obrigada!!!! Alguns soninhos, risos contidos, palmas e: "vocês são ótimas, um dia alguém descobre vocês" que querida né? Nós já nos encontramos, "a" é um espetáculo pra vida!!!!!! Um final de semana que no meio conseguimos encaixar uma baladinha no Ocidente, um lugar "antropológico" da noite porto alegrense (hehehe), estávamos lá ao som de Flashdance e nos divertimos um bocado, apesar do cansaço que ainda nos perseguia. Então veio a apresentação na URGS, no Dad que comemora seus 50 anos e vejam só, o "a" foi o primeiro espetáculo a se apresentar no projeto Segundas Dramáticas e ainda conseguimos um debate com o professor e crítico de teatro Edélcio Mostaço, foi ótimo, boas discussões e ainda um comentário muito interessante de Helena Mello, jornalista mestranda em teatro... enfim um excelente retorno em nossa primeira saída da ilha.
segue abaixo o comentário da Helena:


Ah....Não. Só a.

Quanto tempo depois de ver um espetáculo a gente ainda pode comentar? Fui assistir ao espetáculo “a” nas segundas-dramáticas do Departamento de Artes Dramáticas, na General Vitorino. É aberto ao público. Apareçam por lá, às 18h. Em geral, é coisa boa. E foi assim.

Entrei lá à tarde e as vi preparando o cenário. Não era sofisticado, mas, já causava certo impacto. No entanto, é quando elas encenam que aqueles panos e balões fazem sentido. A energia daqueles corpos esbarra nos tecidos e se refletem no público. Teve discussão depois. Justamente com o meu orientador, Edélcio Mostaço. Foi ele que me fez perceber que aquele tema que, para mim não causou surpresa, ainda podia provocar tanto estranhamento, principalmente, nos homens.

A peça fala do universo feminino. Bem, o assunto desperta o meu interesse há vários anos. Já li muito. Discuti muito e elas estavam ali falando de maternidade, de violência no casamento e por aí vai. Então, o que realmente me deixou de boca aberta era a forma como elas resolveram trazer tudo isso à tona. Não havia homens em cena. Eram apenas três mulheres. No entanto, elas contracenavam com seus machos invisíveis e reagiam a eles de forma intensa, natural e verdadeira.

Ontem ainda, alguém me perguntou: tu és atriz? Sempre respondo: faço teatro. Porque sei o quanto é difícil chegar aquele resultado ali que vi no palco. Tem gente que acha que fazer teatro é fazer caras e bocas e até é, mas, as caras e bocas tem que acontecer no tempo exato e do jeito certo. E foi isso que vi. Havia teatralidade, é claro! Mas, ao mesmo tempo esta tudo poderia estar acontecendo na sala da casa da gente. Tinha uma proposta lúdica, mas, que nem por isso era leve ou divertida. Lembra um pouco aquela música do boi da cara preta que “pega esta criança que tem medo de careta”. Ou seja, mais assusta do que faz rir.

Minha colega de mestrado, Maria Amélia Netto, foi a última a fazer o seu monólogo e isso me gerou forte expectativa, pois, as anteriores haviam sido incríveis. Mas, o bom é isso. As três têm o mesmo nível de atuação: alto, eu diria, e isso só pode dar bom resultado. Luciana Holanda, Marina Monteiro e Maria Amélia dirigidas por Cleistenes Grött e Meire Silva. Elas partiram do texto de Dario Fo e Franca Rame, mas, fizeram entrevistas com muitas mulheres, saíram a campo para elaborar a peça e introduziram coisas que fizeram o espetáculo se tornar bem interessante mesmo para mim que por ter nascido feminina sabia exatamente do que elas estavam falando desde que Rita Lee cantava: “mulher é bixo esquisito, todo mês sangra!” Mas, vejam, isso não diminui em nada este espetáculo que é sensível e contundente ao mesmo tempo.

Jornalista Helena Mello
mestranda em teatro pela UFRGS

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ouroboro no FAM 2008


Estamos muito contentes com as premiações que o vídeo "Ouroboro", com direção de Maurício Antonângelo, recebeu no Fam 2008.
Vale a pena conferir o trabalho que, além de polêmico, tem imagens muito bem fotografadas
e tratadas por Bernardo Garcia.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"a" em Porto Alegre

Espetáculo "a" em Porto Alegre

dias 28 e 29 de junho - 20 horas
COMPANHIA DE ARTE
Rua das Andradas, 1780 - Centro

e

dia 30 de junho - 18 horas
participação no projeto "Segundas Dramáticas" do DAD/UFRGS
Sala Alzirio Azevedo - Av. Salgado Filho, 340 - Centro

quarta-feira, 28 de maio de 2008

um pensamento

Todo mundo sabe:
teatro não se faz sozinho,é feito de pessoas.
E estas feitas de emoções, sentimentos,
angústias e experiências.
Nunca se juntam por acaso, geralmente pessoas afins,
com mesmas perspectivas, desejos, objetivos.
As relações geralmente saõ intensas, você passa a conhecer
os parceiros de palco em sua intimidade, conhece seus vícios,
suas manias, sua beleza, sua capacidade de interagir,
de doar e de receber.
Geralmente também nasce os conflitos, os dilemas das
pessoalidades e por muitas vezes, as pessoas
se perdem no caminho.
Tudo se torna muito maior, pequenas discussões
ganham dimensão irreal, e por quê?
São amores e desamores que constroem a história
de um grupo de pessoas.
Teatro é relação.




sábado, 24 de maio de 2008

... tem que amar muitooooo!!!!

A pulsação do teatro é um alimento, um vício bom!!!!
Um caminho de transgressão saudável,
expressão pura e necessária.


"... embalando como a um filho."



"... não se deve falar demasiado, a vida espreita-nos sempre".
(Fernando Pessoa - O MARINHEIRO)
Durante cinco anos me dediquei a essa experiência, a desvendar esse texto e a criar um espetáculo que contasse um sonho.
O fiz, e agora sem mais o coração para embalar como a um filho
restou as ...

Perdão pela nostalgia!!!

uma atriz

..."Uma profissão que exige tanto, com tanta concorrência, tanta dedicação, tantas incertezas, cobranças, tantos testes e tão poucas respostas positivas...ser atriz no Brasil, hoje em dia, e sempre, foi e é uma luta. É aprender a se produzir, correr atrás de patrocínio e contratos, ouvir não, montar com o seu pouco dinheiro mesmo, escrever os textos, montar sua equipe, sua companhia, não depender tanto das respostas positivas da tv e colocar o seu caminho no teatro, onde mais se aprende. ...Apesar de todas as dificuldades e incertezas, ser atriz é o meu maior motor, minha prioridade máxima, minha vida. Teatro é como balé, só continua quem realmente ama. Eu vou sempre conitnuar. É o que escolhi pra minha vida; ganhando, perdendo, aprendendo, amando, lutando". (Nina Pêra)