terça-feira, 2 de setembro de 2008

#WZCK#

Com o tempo
marca o marcado.
E o tempo marca.
Quando tira a pele
descobre o suor.
Pele à procura do olhar,
belo e vago.
Algo dói ali
e encontra sorrissos que doem.
Mas o tempo marca,
transfere da pele para o ar
e sufoca de beleza,
transparece a descoberta
do suor da pele
já fria ao chegar
no fim da queda.

Um poema meu baseado na partitura corporal de Cleístenes Grott em processo de montagem de #WZCK# do Teatro em Trâmite (Woyzeck de George Büchner)